segunda-feira, 29 de março de 2010

"Hello, Upper East Siders!

Gossip Girl here. Your one and only source into the scandalous lives of Manhattan's Elite."



Muitas pessoas se dizem intelectuais, cults, cool, alternativos... Porém poucos admitem o seu lado fútil. Eu assumo o meu e ainda digo: Sou viciada em Gossip Girl.

Festas, glamour, dinheiro, alta sociedade, drogas, triângulos amorosos e, no meio de tudo isso, adolescentes. Os apaixonados por séries, como eu, podem assumir seu lado teen e assistir de mente aberta a deliciosa "Gossip Girl". Baseada na obra de Cecily von Ziegesar, a série disseca com prazer, o outro lado da "nobreza" dos mais glamorosos e cobiçados da sociedade de Nova York e ainda é comparada por críticos a um Sex and the City para adolescentes, repleto de enredos envolvendo sexo e criando tendências em moda.

Para os fãs de The O.C. o primeiro episódio parece uma copia do piloto da série (acredito que seja em função de terem o mesmo criador), que introduziu Ryan na sociedade rica, mas à medida que os episódios passam, vai ficando evidente que Gossip Girl não é uma cópia, é muito melhor e faz mais sucesso do que a sua antecessora. Não julgue Gossip Girl pelo seu primeiro episódio e você verá que as coisas ficam muito mais interessantes no Upper East Side, o bairro mais rico de Manhattan.

A série desperta o lado mais sádico dos espectadores que ficam aguardando ansiosamente por novos podres a serem revelados até mesmo do personagem mais queridinho. Todos tem passados sujos, barracos, estampados com a narração maliciosa e sarcástica da secretíssima Gossip Girl. Mas ninguém é vilão todo o tempo, e os mocinhos muitas vezes nos confundem se são realmente mocinhos, faz algum tempo que não assisto uma série assim, que não seja tão previsível (vamos combinar, né? Adoramos um clichê mocinho e vilão, mas uma novidade não faz mal a ninguém).

Me divirto horrores com a relação de tapas e beijos, amor e ódio de S. and B., ou Serena e Blair, as rainhas da popularidade do grupo, que se estranham, se odeiam, uma transa com o namorado da outra, que se vinga excluindo socialmente a outra, Acho que nem as seguidoras fieis das duas conseguem acompanhar o ritmo "Guerra e Paz" da dupla, mas que a gente adora...
O Dan tadinho (o nerd probrinho que conquista a popular) é o único representante dos clichês e de todos os outros rapazes sem sal, que aprendemos a amar. Embora ainda tenha lá minhas dúvidas sobre o suposto charme do ator.
Vanessa é a amiga pobrinha do Dan e a Jenny que aparece para ser mais uma mocinha e ao mesmo tempo a antagonista e para roubar o Dan da Serena. Mas na verdade ela roubou foi a cena e está até hoje fixa na série. E também já nos surpreendeu com algumas maldades.
Nate é o ex-namorado da Blair que transou com a Serena, que já namorou Vanessa e também já deu uns pegas na Jenny. Lindinho demais, que vive em crise de identidade.
Jenny é a irmã do Dan, e também a incognita que parecia bobinha e inocente demais. Contudo, no desenvolvimento da série, ela deixa dúvidas do quanto seu desejo pela popularidade pode por à prova seu caráter.
Chuck Bass (meu personagem preferido), o típico menino rico e mimado, provocador e politicamente incorreto, sexy e com problemas pessoais que faz toda a diferença e dá um brilho especial pra série, além de ser lindo!

O único problema do seriado é o mesmo de todas as séries teen atuais. Os atores parecem ser bem mais velhos que seus personagens. Com exceção da Jenny todo o resto parece ter mais idade do que aparenta. Mas os atores são muito bons, o que faz não nos preocuparmos com isso.

Bom, preciso dizer mais alguma coisa? Todos eles são adoráveis, o tipo de pessoas que amamos odiar.

Assuma o seu lado fútil você também e permita-se sonhar com uma vida de riqueza e sem pudores, assista Gossip Girl!

"You know you love me, XOXO, Gossip Girl."

terça-feira, 23 de março de 2010

O que o futuro reserva para Big Bang Theory

Esse post contém um spoiler sobre uma possível nova direção em Big Bang Theory. Já na chamada da notícia que eu li, revelavam o que vou revelar a seguir, então não acho que seja algo grave, que motive alguém a querer matar a minha família por descobrir. Eu mesmo que sou chato com spoilers não me incomodei com esse, então... mesmo assim, tentei ser cuidadoso com o título e com essa introdução, pra evitar problemas.

No começo da atual temporada, o relacionamento entre Penny e Leonard progrediu e, para a alegria de muitos, eles começaram a namorar. O motivo desse post é que há dois dias atrás surgiu uma notícia tratando a respeito do possível fim do namoro. A afirmação diz que o relacionamento sofrerá turbulências, mas falaram sobre possíveis voltas do casal ao mundo dos encontros e tudo mais, então acredito que o namoro está com a data de vencimento decidida.

Entre os personagens principais, pra mim o Leonard sempre foi o personagem mais fraco da série e por isso sempre foi o que eu menos me importei, mas como muita gente, fiquei feliz pelo namoro deles, a princípio. Enquanto era novidade, ainda estava achando tudo muito divertido, mas depois de um tempo eu comecei a torcer contra, porque o novo Leonard já tinha me cansado. Não que eu ache que eles devam se dar mal na vida, mas BBT é um sitcom e a função desse tipo de série é fazer rir e pra mim a fórmula do namoro já não anda funcionando tão bem há tempos. Tanto é verdade que eu não quero que eles sejam losers pra sempre, que eu adoro o namoro do Howard com a Bernadette! Acho muito muito mais divertido.

O lado positivo dessa nova fase é que nesse período uma nova dupla dinâmica cresceu e se consolidou: Sheldon e Penny. Na temporada passada já tínhamos visto cenas em que os dois ficaram sozinhos e desde aquela época, eu adorava, mas agora na terceira temporada usaram a combinação com freqüência muito maior e pra mim todas foram muito bem sucedidas. Como acontece muitas vezes em séries de comédia, a história secundária dos episódios é muito mais engraçada que a principal e quando o Shenny acontece, é difícil eles não serem os responsáveis pela melhor cena da semana.

No orkut é comum nas comunidades sobre BBT as pessoas pedirem todo dia por um romance entre Penny e Sheldon e, como eu acho que isso seria uma catástrofe, fico muito feliz em saber que Kaley Cuoco não acredita que isso seja possível. Se mesmo com a Penny convivendo com eles diariamente, sendo exposta a todo tipo de nerdice, ela e Leonard ainda são de mundos diferentes (quem é Stan Lee?), então ela e o Sheldon são de realidades alternativas muito distantes do multiverso.

Acredito que o fim do namoro possa trazer um novo gás para a série, que ultimamente tem sido levada nas costas pelo Sheldon em diversos momentos dos últimos episódios. O namoro do Howard praticamente eliminou a dinâmica afetiva entre ele e o Raj, então não sobrou muita coisa para se explorar, a não ser os momentos Shenny e as complicações na vida dessas pessoas causadas pelo Dr. Cooper. Imagino que com o fim do namoro, os dois vão ficar tristes e sem interagir tanto durante um tempo, o que dá espaço pro Raj voltar a falar com mais regularidade, permite que eles voltem a ter noites temáticas durante a semana e se isso tudo incomodar o Sheldon, é bem possível que ele, usando todo o seu tato com a interação social, tente consolá-los da maneira mais constrangedora e sem noção possível.

Fonte: TV Guide.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Spartacus: Blood and Sand


Spartacus: Blood and Sand é mais uma das séries estreantes nessa temporada a conseguir sucesso de audiência, alcançando os melhores números entre os programas de conteúdo original do canal Starz, com mais de 500 mil espectadores em seu piloto. O número, se comparado a séries como CSI ou Big Bang Theory, é irrelevante, já que essas duas alcançam fácil mais de 10 milhões de pessoas. A questão é que Spartacus vai ao ar na tv a cabo, que possui um alcance bem diferente dos outros canais abertos.

Spartacus é uma figura histórica e por isso é difícil tratar dele, já que os pontos relevantes de sua vida e de suas ações estão nos livros e na internet para serem lidos, mas mesmo assim falar sobre essas coisas pode despertar sentimentos de que estraguei a graça de ver a série, então tentarei ser breve na descrição da sua história, a fim de evitar spoilers.

A série se passa na década de 70 AC e é focada em Spartacus, um trácio assim batizado após tornar-se escravo. Seu povo possui uma raiva antiga pelos dácios, que de tempos em tempos lançavam ataques contra as suas aldeias, além de não nutrir muita simpatia pela República Romana, que já se encontrava em seus últimos dias antes de transformar-se em Império. Spartacus: Blood and Sand tem início com o convite ao alistamento dos trácios, feito pela República, alegando que a união no campo de batalha seria de grande interesse para as duas partes, já que os dácios eram um inimigo comum naquele momento. Após um conflito de interesses, o trácio e sua mulher, Sura, são capturados e vendidos como escravos. A partir de então, Spartacus, enquanto luta em arenas cumprindo seu dever de escravo, sonha com a possibilidade de ser livre novamente e reencontrar Sura.

A maior referência sobre a história de Spartacus talvez seja o filme de 1960, dirigido por Stanley Kubrick e Kirk Douglas, que toma algumas liberdades criativas quanto a história, mas segue o trácio pela parte mais importante de sua vida. A série, assim como o épico de três horas de duração, precisou expandir a história, para completar seus 13 episódios de quase uma hora de duração.

Visualmente, a série segue a linha do filme 300, com uso constante de tecnologia para tratar dos ambientes externos, como as arenas, a paisagem e o céu. Além disso, o recurso da computação gráfica também é utilizado em larga escala nas cenas de luta, porque a série aproveita a sua censura para maiores de 18 anos e capricha na violência. Perfurações e amputações de membros, além da quantidade de sangue são presenças constantes. Tarantino ficaria orgulhoso. Outra “inspiração” vinda de 300 é a alteração na velocidade dos movimentos. No caso de Spartacus, a privilegiada é a câmera lenta, que ajuda o espectador a decifrar melhor a seqüência de movimentos utilizados pelos combatentes, além de dar mais destaque a violência. Os responsáveis pelas animações também usam a computação gráfica na mudança entre as cenas, muitas vezes usando algum elemento de uma cena para conduzir a outra (por vezes o sangue é que faz a ligação).

Outra característica marcante é a forte presença de cenas de nudez e sexo explícito. Assim como os programas da Showtime como Dexter e The Tudors, a Starz aproveita sua audiência 18+ e enche os episódios com sexo, muitas vezes de forma desnecessária, sem ser relevante para a história. Em todos os episódios sempre acham algum espaço para uma cena de sexo que é mais ou menos explícita, dependendo dos envolvidos. Lucy Lawless, a Xena, que interpreta Lucretia, freqüentemente tem as suas próprias cenas de sexo, mas de forma muito mais discreta e com menor exposição de seu corpo, também. Um pensamento comum é o de que as mulheres são alvo de apelação, por mostrarem praticamente todo o seu corpo nesse tipo de cena e os homens serem muito menos expostos. Em Spartacus, a nudez frontal masculina também aparece.

O terceiro ponto a destacar é a linguagem, mas não o fato de eles usarem palavras em latim as vezes, mas sim os palavrões. Debra Morgan ficaria envergonhada. Para tentar deixar os palavrões mais contemporâneos aos personagens, eles adaptaram e criaram palavrões incluindo os nomes de alguns deuses.

Spartacus é a série com o conteúdo mais explícito que eu já assisti, possuindo grandes doses de violência (e sangue, muito sangue) e sexo, ultrapassando Dexter e The Tudors, que até onde eu conhecia, eram a última fronteira nesses aspectos na TV. Spartacus passou fácil pelas duas.

E a história? A história se mostra um tanto irregular em qualidade e muitas vezes ofuscada em importância pelas cenas mais fortes, mas mesmo assim possui momentos empolgantes. Como tinha avisado, não entrarei em detalhes sobre a história, mas como é tradição nesse tipo de séries e filmes, Spartacus é marcada pelo intenso desejo pela riqueza e poder, traição e jogos políticos. Dependendo da aceitação desse post, em outra oportunidade tratarei especificamente da história da série.

Por causa da apelação, digo, excessos, ainda não viciei na série, mas acompanho toda semana, porque o desenvolvimento da história está relativamente interessante e, considerando que os criadores da série seguirão minimamente as obras anteriores, acredito que o futuro de Spartacus possa gerar grandes episódios. Até aqui a série, renovada para a segunda temporada antes mesmo de estrear, está boa e com o sucesso que está tendo, é capaz de abrir as portas para outras séries na Starz.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Eles estão voltando...

Você já tentou desligar e ligar de novo? Já verificou na tomada? Esses e mais outros bordões e piadas infames estão prestes a voltar. É a série The IT Crowd realizando filmagens para sua quarta temporada.


Para quem não conhece, a série - hilária - mostra as agruras de dois nerds que trabalham no setor de TI (Informática) de uma grande empresa. Tudo vai - aparentemente - bem até que eles recebem de presente um chefe. Na verdade, uma "chefa", que para piorar não entende absolutamente nada de informática.
Trabalhando com o non-sense, piadas inacreditáveis e personagens bizarros, The IT Crowd já possui um público cativo.
A série - que é britânica - tem apenas três temporadas, com seis episódios cada, sendo que o último episódio a ir ao ar foi em fim de 2008.
Resta agora aguardar o fim das gravações e esperar pelas risadas.

Mais informações no Twitter Oficial da série (em inglês), atualizado pelo diretor Graham Linehan.

Para quem ja conhece a série, recomendo o site das Indústrias Reynholm.

terça-feira, 9 de março de 2010

Charlie Sheen está de volta


Como visto em um post anterior, Charlie Sheen entrou em uma instituição de saúde para tratar de seus problemas com bebida e drogas. A preocupação dos fãs, além da saúde do ator, era com o futuro da série, que poderia ter o final da atual temporada cancelada. No entanto, a folga de três episódios que a emissora acumulou foi o suficiente para preencher a falta de disponibilidade de Sheen para gravar, já que segundo seu representante ele volta aos estúdios no dia 19 de março.

A esposa de Sheen também está sob cuidados para tratar dos seus próprios problemas com drogas. No caso dela, além do alcoolismo, ainda existe o crack. Depois de passar por dois programas de recuperação, Brooke Mueller recebe tratamento em sua casa. Imagino o clima agradável que reinava na casa, ótimo para os bebês do casal.

Fontes: EW, Radar Online

sábado, 6 de março de 2010

The Dark Passenger - uma introdução (com spoilers)


A série Dexter é inspirada nas obras de Jeff Lindsay e conta a história de um analista forense de amostras de sangue do Departamento de Polícia de Miami, que possui compulsões assassinas (as quais chama de Passageiro Negro) devido a um trauma de infância. É possível observar a progressão social de Dexter juntamente com o andamento da série. Constantemente, ele se encontra procurando criar conexões com quem está ao seu redor e, algumas vezes, alguém que o aceite como ele é e a quem possa contar seus segredos.
Dexter foi adotado por um policial chamado Harry, que impõe um código a ser seguido (ele só deveria matar assassinos que realmente "merecessem", entre outras coisas), para que ele possa viver em sociedade sem ser descoberto. No entando, há um momento em que Dexter descobre alguns furos no passado de seu pai e resolve burlar algumas regras. Mesmo sem o código de Harry, ele passa a ter visões e conversas com seu pai, o que representa a sua consciência em um momento em que não há mais regras nem o Harry para contê-lo quando necessário.
Cada temporada aborda uma problemática maior, ao redor da qual se dão os demais acontecimentos. Esse conflito principal é sempre um serial killer que assume um dos objetos de investigação da Miami Metro Police. Na primeira temporada, o foco está no Ice Truck Killer, que deixa pistas para Dexter e o leva a descobrir fatos determinantes de seu passado. Na segunda, o Bay Harbor Butcher é o centro das investigações, o que põe o verdadeiro Dexter em evidência e correndo risco de ser descoberto. Na terceira temporada, o principal assassino em série é o Skinner, mas quem assume o segundo papel principal é Miguel Prado, que se torna o melhor amigo de Dexter. Na quarta, surge o maior e mais complexo de todos os alvos de investigação: o Trinity. Ele segue o padrão melhor encadeado e fundamentado da série e representa, a princípio, um exemplo para Dexter seguir.
Dexter tira vantagem da sua profissão para coletar informações sobre suas vítimas e, também, encobrir seus atos homicidas. Alguns aspectos interessantes da série é ver o já citado progresso social de Dexter, suas tentativas de disfarce e fingimento sentimentais e o quão importante a história de vida é - mesmo que nos primeiros anos de vida - para determinar quem seremos no futuro. Dexter consquistou um grande número de fãs e é considerado por muitos uma espécie de herói (The Dark Defender!), mesmo que, para fazer justiça, ele mate as pessoas de uma forma tão brutal.
Irmão, marido, pai, analista, serial killer. Dexter é tudo em um só.



Dexter: Who are any of us, really? We all have our public life, our private life...
Harry: And your secret life, the one that defines you.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Michael C. Hall vencendo o câncer


Aquele que dá vida a Dexter Morgan, o ator Michael C. Hall, foi diagnosticado com câncer há alguns meses, próximo do final da quarta temporada da série nos EUA. A notícia circulou por diversos sites voltados a notícias sobre televisão e entretenimento em geral e deixou muitos fãs preocupados com o futuro do ator e da série.

Hall, que descobriu seu Linfoma de Hodgkin logo no começo, conseguiu tratar a doença antes de seu estado avançar e esta agora encontra-se em remissão. Segundo seus representantes o ator está descansando para retomar as gravações da série no final de abril ou começo de maio. Se o estado de saúde do ator continuar bom e nenhum outro imprevisto acontecer, a quinta temporada de Dexter estréia em setembro na Showtime.

Fonte: EW

quarta-feira, 3 de março de 2010

Última temporada de LOST (Contém spoilers para quem ainda não viu todos os episódios)


Esperei até agora para comentar algo sobre o que tenho achado até o momento da série mais foda de todos os tempos.

Acredito que nos primeiros três capítulos a gente não tem muito com o que se preocupar, teorizar nesse período é perigoso. Porém, nos flash sideways existentes nessa temporada devemos prestar muita, mas muita atenção mesmo. Parece que, mesmo com a não-queda do Oceanic 815 todos os personagens irão cruzar o caminho um do outro. Um fato que intriga muitos fãs é o aparecimento do Desmond no avião, ao lado de Jack. Calma, calma... sem queda do avião também não há escotilha e não há ilha, portanto o Desmond não está em dois lugares ao mesmo tempo (pelo menos ao que parece).

Após assistir o sexto episódio dessa temporada percebo que a distinção bem x mal se intensifica com o desenrolar da série e fica possível imaginar que três losties são “do bem” e três “do mal”, uma vez que Jack mexe em uma balança, lá no farol juntamente com Hurley. 4, 8, 15, 16, 23,42... manter o equilíbrio, certo? Baseada nisso acredito nessa hipótese de que uns são bons e outros maus.

Até o momento, é apenas isso que gostaria de apontar, de dividir com o público. Claro que muitas outras coisas aparecem na mente mas nada concreto, até o momento apenas suposições. O meu parecer por enquanto é de que a série está tomando um rumo bom embora essa possibilidade de Jacob ser um anjo, ou Deus, sei lá e o smokey ser o diabo me deixe um pouco frustrada. Porém, misticismo em Lost é o mínimo esperado para explicar toda essa loucura, ou boa parte dela.

FlashForward: cancela ou não cancela? (spoilers leves)

FlashForward é uma série de ficção científica que estreou no começo da fall season na emissora estadunidense ABC e já estreou na AXN brasileira. Em resumo, a série é uma adaptação do livro de Robert J. Sawyer e trata sobre uma espécie de apagão misterioso que acontece ao mesmo tempo em todo o planeta. Pessoas de todos os cantos desmaiaram por 2 minutos e 17 segundos e durante esse tempo foram capazes de ver imagens do seu futuro. Para ser mais exato, as imagens são do dia 29 de abril de 2010. No desenrolar do piloto, o protagonista, um agente do FBI acaba participando de uma divisão pioneira na investigação do bizarro acontecimento. A medida que a investigação avança, novas pistas e novas pessoas são descobertas e o gigantesco quebra-cabeça começa a tomar forma.

Lost, um dos carros-chefes da emissora, encerra seu ciclo este ano, deixando um grande vácuo no gênero ficção científica para ser preenchido por alguma série nova. FlashForward, cujo nome lembra o recurso narrativo utilizado pelos responsáveis por Lost, aparece para tentar preencher esse vazio na grade da ABC e no coração dos fãs de Lost. Aproveitando essa associação em parte produzida e em parte lançada pelos fãs de Lost, a ABC vendeu FF como sendo “o novo Lost”. O fato é que no começo o hype deu muito certo, com a série alcançando as primeiras posições no ranking da audiência das quintas-feiras nos EUA, com o piloto atingindo 12 milhões de telespectadores. No entanto, aquele gás que o “novo Lost” tinha no começo não resistiu e a audiência logo começou a abandonar o programa, com a série fechando sua passagem por 2009 com quase cinco milhões a menos de pessoas assistindo. Foi aí que começou a desgraça.

Ainda em novembro, com o penúltimo episódio do ano tendo ido ao ar poucos dias antes, Marc Guggenheim, um dos principais responsáveis pelo programa abandonou o barco que começava a naufragar, depois que a série atingiu um novo recorde de baixa audiência. Imediatamente os executivos da ABC anunciaram que a série entraria em hiato até março, para que a equipe pudesse se reorganizar e para que o retorno não fosse um fiasco ainda maior, concorrendo com as séries que voltam em janeiro e depois com as olimpíadas de inverno.

No começo do mês passado, outro grande produtor também pulou fora: David Goyer, o responsável pelos roteiros dos novos filmes do Batman, anunciou que vai deixar de cuidar da série de perto, para focar suas atenções na sua carreira em crescimento no cinema. Até agora a emissora não anunciou quem vai ser o novo produtor-chefe que encabeçará FF daqui pra frente. Sem um grande nome por trás da do programa, que esperança pode restar? O mercado estrangeiro.

Segunda-feira apareceram números um tanto animadores na internet: apesar de ir de mal a pior domesticamente, a série tem uma audiência sólida no Reino Unido, na Espanha e na Itália, talvez sendo isso, mais as audiências em outros países, o suficiente para evitar a descontinuação da série. Por enquanto, as notícias dizem que os executivos da ABC vão esperar o retorno da série no final deste mês para que possam analisar os números antes de decidirem se irão comprar uma nova temporada ou se vão mandar FF pro cemitério das séries que não viveram para justificar o hype.

Fontes: EW e Omelete.