sexta-feira, 9 de abril de 2010

A novela continua


Venho acompanhando o desenvolvimento dessa história porque, apesar da grande queda de qualidade que a série vivencia nessa temporada, me importo com Two and a Half Men. Quando Sheen voltou a filmar, não fiz um outro post a respeito porque os anteriores já tinham aparecido em um espaço de tempo muito curto e pra variar o tema, deixei passar. Mesmo assim, com os novos acontecimentos, achei relevante voltar ao assunto.

Desde o ocorrido na época de natal o futuro de Two and a Half Men ficou muito sombrio. A série foi ameaçada com a internação de seu protagonista, mas o timing do rehab não de todo ruim, porque já existia uma pausa prevista mais ou menos naquela época. Pouco tempo depois foi noticiado que esta temporada seria mais curta que o habitual, tendo 22 episódios. Os produtores disseram que não era nada demais, porque normalmente a série tem 22 episódios por temporada, mas o estúdio sempre pede dois episódios adicionais, que eles sempre fizeram. Esse ano, entretanto, os dois extras não serão feitos.

No dia primeiro de abril começaram a circular nos sites especializados notícias especulando que Charlie Sheen poderia abandonar a série ao fim da temporada atual. Óbvio que ninguém levou a sério. Mesmo a notícia sendo publicada por pessoas que acreditem em suas fontes, as tais fontes poderiam estar somente espalhando boatos. Mas o fim realmente pode estar próximo.

Hoje veio ao conhecimento do público que a CBS e Sheen ainda não se acertaram para a renovação do contrato. Muito se especulou que isso seria uma manobra do ator para elevar ainda mais o seu já altíssimo salário (ele ganha 825 mil dólares por episódio!) para algo como 1,2 milhão de dólares. Os representantes da personalidade mais bem paga da tv estadunidense dizem que ele entregou a sua proposta em junho do ano passado, mas que de lá pra cá nenhum avanço aconteceu. Outro problema é que no ano passado, quando renovou a série, a CBS já o fez por mais duas temporadas, o que levaria TAAHM ao nono ano. Se a série for mesmo cancelada, pode rolar um processo por parte da Time Warner.

Hoje a equipe toda está reunida para gravar o último episódio da temporada. Não é inédito que uma série continue sem a pessoa mais famosa do elenco, mas também não são muitos os casos em que isso deu certo. No que me diz respeito, já faz umas três temporadas que John Cryer, o Alan Haper, é o mais engraçado da série e em boa parte do tempo leva a TAAHM nas costas. Considerando que o cenário principal da sitcom é a casa de Charlie Harper, ficaria esquisito se ele simplesmente sumisse. Talvez se ele casasse com Chelsea e deixasse a casa de presente para o “amado” irmão? Não parece do feitio de Charlie.

Nas últimas temporadas a série ficou mais focada nos dois adultos, deixando Jake e o resto do elenco muito sumido. De certa forma foi uma decisão correta, porque pra mim eles já estavam desgastados e não me faziam rir com freqüência, como antes. Mesmo assim, são atores muito competentes e com bons roteiros poderiam voltar a ter um lugar de destaque, levando a série adiante. Sinceramente não parece um cenário tão ruim, se alternativa era ver o Charlie acorrentado a uma personagem sem graça que levou ele próprio a perder muito da sua capacidade de arrancar risadas. De qualquer forma, a saída de Sheen não foi prevista nos roteiros e para que a transição seja feita de forma correta, precisaria da presença do ator por pelo menos mais alguns episódios.

Fontes: TV Guide, EW e People.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

"When there is no more room in hell, the dead will walk the earth"



Em agosto do ano passado, a AMC ganhou a batalha pelos direitos de adaptar The Walking Dead, HQ sucesso de crítica publicada pela Image, para a televisão. De lá pra cá, entre as séries que vejo anunciarem, Dead é de longe a que eu mais quero assistir. É uma série de zumbis e vai passar no formato 18+, então o caminho está livre para headshots e machados. Precisa mais?

The Walking Dead conta a história de Rick Grimes, um policial que, junto com um grupo de sobreviventes, procura um lugar seguro para viver em um mundo dominado pela praga dos zumbis. Diferente de diversas séries em que os protagonistas são protegidos para evitar choques com os leitores, Robert Kirkman, o criador da HQ, desde o começo estabeleceu uma lei: ninguém está seguro. Além da qualidade das histórias, acredito que essa insegurança é um dos fatores que fazem os fãs acompanharem a série de maneira fiel. Outra característica desse trabalho de Kirkman é o clima pesado que toma conta da HQ e que poucas vezes se dissipa. Só pra constar: os zumbis são oldschool e não correm.

A série contará com Frank Darabont (o cara por trás dos roteiros, direção e produção de À Espera de Um Milagre) como produtor-executivo e possivelmente ele também dirigirá o piloto, encomendado em janeiro. Johnny Lee Miller (protagonista de Eli Stone) será Rick Grimes. Aproveitando que em agosto a emissora organiza o Fearfest, um festival de filmes de terror, a AMC deu sinal verde para que sejam produzidos seis episódios, para que a estréia aconteça no evento.

A AMC é o lar de duas das séries mais elogiadas e mais bem sucedidas em Emmys nos anos recentes: Mad Men e Breaking Bad. O canal a cabo aproveita a circulação restrita para criar séries de conteúdo para maiores de idade, estratégia compartilhada pela Showtime e pela HBO. Kirkman disse na sessão de cartas de Walking Dead que os executivos da AMC não controlarão o conteúdo, contanto que “Fuck!” não seja um convidado freqüente na série. Kirkman já comentou também que será uma adaptação da HQ e não uma cópia da HQ, então eles usarão os personagens e o cenário, mas possivelmente a história seguirá um caminho diferente. Considerando o sucesso do ótimo Zumbilândia, imagino que as pessoas estejam querendo mais zumbis e Walking Dead pode aproveitar esse vazio e se dar muito bem.

Fontes: THR e Omelete.