quarta-feira, 3 de março de 2010

FlashForward: cancela ou não cancela? (spoilers leves)

FlashForward é uma série de ficção científica que estreou no começo da fall season na emissora estadunidense ABC e já estreou na AXN brasileira. Em resumo, a série é uma adaptação do livro de Robert J. Sawyer e trata sobre uma espécie de apagão misterioso que acontece ao mesmo tempo em todo o planeta. Pessoas de todos os cantos desmaiaram por 2 minutos e 17 segundos e durante esse tempo foram capazes de ver imagens do seu futuro. Para ser mais exato, as imagens são do dia 29 de abril de 2010. No desenrolar do piloto, o protagonista, um agente do FBI acaba participando de uma divisão pioneira na investigação do bizarro acontecimento. A medida que a investigação avança, novas pistas e novas pessoas são descobertas e o gigantesco quebra-cabeça começa a tomar forma.

Lost, um dos carros-chefes da emissora, encerra seu ciclo este ano, deixando um grande vácuo no gênero ficção científica para ser preenchido por alguma série nova. FlashForward, cujo nome lembra o recurso narrativo utilizado pelos responsáveis por Lost, aparece para tentar preencher esse vazio na grade da ABC e no coração dos fãs de Lost. Aproveitando essa associação em parte produzida e em parte lançada pelos fãs de Lost, a ABC vendeu FF como sendo “o novo Lost”. O fato é que no começo o hype deu muito certo, com a série alcançando as primeiras posições no ranking da audiência das quintas-feiras nos EUA, com o piloto atingindo 12 milhões de telespectadores. No entanto, aquele gás que o “novo Lost” tinha no começo não resistiu e a audiência logo começou a abandonar o programa, com a série fechando sua passagem por 2009 com quase cinco milhões a menos de pessoas assistindo. Foi aí que começou a desgraça.

Ainda em novembro, com o penúltimo episódio do ano tendo ido ao ar poucos dias antes, Marc Guggenheim, um dos principais responsáveis pelo programa abandonou o barco que começava a naufragar, depois que a série atingiu um novo recorde de baixa audiência. Imediatamente os executivos da ABC anunciaram que a série entraria em hiato até março, para que a equipe pudesse se reorganizar e para que o retorno não fosse um fiasco ainda maior, concorrendo com as séries que voltam em janeiro e depois com as olimpíadas de inverno.

No começo do mês passado, outro grande produtor também pulou fora: David Goyer, o responsável pelos roteiros dos novos filmes do Batman, anunciou que vai deixar de cuidar da série de perto, para focar suas atenções na sua carreira em crescimento no cinema. Até agora a emissora não anunciou quem vai ser o novo produtor-chefe que encabeçará FF daqui pra frente. Sem um grande nome por trás da do programa, que esperança pode restar? O mercado estrangeiro.

Segunda-feira apareceram números um tanto animadores na internet: apesar de ir de mal a pior domesticamente, a série tem uma audiência sólida no Reino Unido, na Espanha e na Itália, talvez sendo isso, mais as audiências em outros países, o suficiente para evitar a descontinuação da série. Por enquanto, as notícias dizem que os executivos da ABC vão esperar o retorno da série no final deste mês para que possam analisar os números antes de decidirem se irão comprar uma nova temporada ou se vão mandar FF pro cemitério das séries que não viveram para justificar o hype.

Fontes: EW e Omelete.

3 comentários:

  1. Essa é uma série que sempre defendi com unhas e dentes! No início, estava bastante empolgada, porém eles não souberam segurar o gás por muito tempo...assim como Fringe, na minha opinião. Não sei se um dia voltarei a assistir FF, quem sabe...

    =)

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  2. eu já mandei FF pro cemitério!! mas confesso q, se as críticas melhorarem, pode ser q eu dê uma segunda chance, assim como ocorreu com VD.

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  3. Até onde eu vi tava legal (episódio 9), mas confesso que não gostei do negão zinho ter se atirado do prédio. Eu quero ver o resto, mas já não sei se a série vai prestar. Pelo menos que façam um final decente.

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